A avaliação
ecossistêmica do milênio nos mostra como nossa sociedade tende a substituir
elementos naturais oferecidos pelos serviços ecossistêmicos por aparatos
tecnológicos. O comprometimento dos ambientes naturais por exaustão e
depredação e o desaparecimento de culturas humanas, ou seja, a perda da
biodiversidade e de diversidade cultural coloca em risco nossa própria sobrevivência.
Estamos perdendo água, perdendo recursos genéticos.
As perdas
ecossistêmicas representam também perdas das e para as culturas. As comunidades
onde o manejo com o meio ambiente é sustentável, são as menos ouvidas e acabam
sofrendo os reflexos dos impactos ambientais causados pelos outros em busca do
conforto e realização pessoal.
A lógica da
modernidade afirma a separação entre Natureza e Cultura. Para Educação Ambiental
essa ligação esta muito longe de ser aceita. É evidente que em comunidades onde
a cultura é mais forte são os locais onde a natureza é mais preservada. Então fica
claro que existe uma relação íntima entre natureza e cultura. Quando se tem ecossistemas
bem preservados refletem uma comunidade bem estruturada.
Mais uma
vez esse tema chama nossa atenção para nossas práticas individuais e coletivas olhando
a realidade de forma crítica, pensando que ela depende de nossas ações.
Senhor, ajudai-nos a construir a nossa casa com
janelas de aurora e árvores no quintal. Árvores que na primavera fiquem
cobertas de flores e ao crepúsculo fiquem cinzentas como dos pescadores.
Manoel de Barros
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